Alguém já imaginou ter seu livro publicado? Mas, já imaginaram começar logo de início fora do país? Vamos conversar hoje com o Tiago Leão Barbosa, 22 anos, estudante de Jornalismo da PUC Minas e agora escritor, que teve seu livro “A Fabulosa Terra de Lúmens” publicado recentemente pela Chiado editora em Portugal.
DAC: Como começou a gostar de escrever?
Tiago Leão Barbosa: Na verdade, amo escrever desde antes de aprender a escrever. Eu tinha três anos de idade e fazia desenhos para contar histórias. Sempre foi uma forma de expressão. Na adolescência, eu desenhava muito, até que percebi que o “contar histórias” era para mim mais importante que o desenhar. Foi ai que migrei de vez para a escrita.
DAC: De onde veio a inspiração?
Tiago Leão Barbosa: É curioso pensar sobre isso, pois acredito que Lúmens sempre esteve presente comigo. Lembro-me de ter entre 12 ou 13 anos e criar em minhas brincadeiras, mundos fantásticos com terras sombrias e mágicas. Mas foi aos 15 anos de idade, após ter escrito algumas fanfics, que percebi o enredo original da história. A inspiração veio dos livros de Harry Potter, Senhor dos Anéis e até alguns animes que assisti na infância. E por incrível que pareça, por mais que as pessoas comparem Lúmens a Nárnia, o livro do C.S. Lewis nunca foi uma referência.
DAC: Um autor inspiração?
Tiago Leão Barbosa: Sem sombra de dúvida J.K.Rowling. A escritora da saga Potter é um exemplo de vida e perseverança. Ela é minha autora inspiração!
DAC: O livro mais inspirador.
Tiago Leão Barbosa: Acho que os livros de Harry Potter, em geral. A história é boa, instigante e ao mesmo tempo, ensina lições incríveis. Isso me inspirou muito.
DAC: O melhor livro que leu.
Tiago Leão Barbosa: Meu livro favorito é “O Morro dos Ventos Uivantes” da Emily Brontë. É uma história de romance, um tanto sombria, e que foi lançada em 1847. É incrível em todos os aspectos, até mesmo no fato de ter sido o único romance da autora, que morreu jovem.
DAC: O que faz nas horas vagas?
Tiago Leão Barbosa: Atualmente tem sido complicado ter horas vagas. Mas geralmente, leio muito, é claro, assisto a algum filme, ouço música ou toco piano. Embora já faça bastante tempo que eu não paro para tocar.
DAC: Como foi escrever o livro, possuía horários?
Tiago Leão Barbosa: Sim. Na verdade, eu era bem organizado quanto a isso. Eu estudava durante a tarde, então só podia escrever um pouco pela manhã, antes de ir à aula. Às vezes, à noite eu escrevia também, pois era a hora que eu tinha mais inspiração. Mas regrava meu tempo, não passava mais de quatro horas escrevendo. E até tirava “folgas” para não desgastar a criatividade.
DAC: Como foi conseguir uma editora?
Tiago Leão Barbosa: Difícil. Foram seis anos de busca por editoras, algumas são bem fechadas. E depois de um tempo, é natural começar a desanimar. Mas quando eu finalmente consegui, o tempo todo de espera, pareceu valer a pena!
DAC: A editora te deu algum tipo de liberdade e autonomia?
Tiago Leão Barbosa: Total. Não mudaram nomes, personagens ou cronologia da história. Aceitaram Lúmens como Lúmens era. Isso não tem preço.
DAC: Aconselharia começar por onde?
Tiago Leão Barbosa: Para quem tem um livro, eu aconselharia reler a história que escreveu, para ter certeza de que é aquilo mesmo. Feito isso, pesquise editoras que tenham o perfil de sua obra, para evitar desgastes e frustrações. Muitos livros são rejeitados não por serem ruins, mas porque os autores os levam a editoras que não trabalham com determinados estilos literários.
DAC: Como foi começar direto fora do país?
Tiago Leão Barbosa: Uma grande alegria, mas um susto também! Começar uma carreira de escritor já é algo grandioso. Ainda mais, uma carreira internacional aos meus vinte e poucos anos! Mas a satisfação em saber que Lúmens pode ganhar o mundo é maravilhosa!
DAC: Desde o inicio já pensava em publicar?
Tiago Leão Barbosa: No início, Lúmens era muito pessoal. Escrevi o livro que eu gostaria de ler. Mas após ter terminado o enredo, desejei quase que imediatamente publicá-lo!
DAC: Como foi receber seus livros em casa e a escolha da capa e a revisão?
Tiago Leão Barbosa: Receber em casa foi demais! Pensar que os livros estavam chegando da Europa pra mim. Foi um dos dias mais felizes de minha vida! A escolha da capa foi um processo divertido, e quando eu vi a arte final, não tive dúvidas de que seria àquela. A revisão foi cansativa, o livro foi corrigido por profissionais e nesse processo tive de ler e reler algumas vezes toda a obra.
DAC: Que diria a alguém que está começando?
Tiago Leão Barbosa: Perseverança. Talvez a diferença entre uma pessoa que escreveu um livro e um escritor seja o fato de não desistir de sua obra. Um livro pode passar anos na gaveta, mas nunca deve deixar o coração de seu criador. Escreva, leia, reescreva, releia e busque editoras que possam acreditar no potencial de sua obra. Mas, sobretudo, não desista. Pode parecer clichê, mas se você não acreditar em você, quem vai acreditar? Por isso é fundamental, que o autor se conheça e tenha certeza de sua identidade.
Siga o Escritor Tiago Leão Barbosa e acompanhe a saga nas redes sociais: Página do Livro “A Fabulosa Terra de Lúmens”, Blog e Twitter @TerradeLumens Facebook do Escritor e Twitter: @tiagoleaob Já se imaginaram publicando um livro? Deve ser a melhor sensação de todas encontrar seu nome em uma capa, uau. Parabéns, sucesso Tiago!
E até o próximo: Papo de Escritor!
-Aninha Carvalho
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