Tem horas que simplesmente precisamos nos dar um tempo e pensar no caminho em que estamos trilhando. E nada melhor do que usar filmes para nos ajudar a abrir a cabeça e driblar os desafios do dia a dia.
Por isso, resolvi selecionar 5 filmes para pensar na vida. E, assim, responder aquela questão que uma hora ou outra acaba surgindo em sua mente: será que este é o caminho que eu deveria seguir mesmo?
1. É isso que eu amo fazer?
Aposto que você é aquele tipo de pessoa que adora dar conselhos, mas que, no final, não segue nenhum deles em sua própria vida. Isso é exatamente o que o filme Rip Tide mostra. E, claro, podemos tirar boas lições dele para melhorar o nosso dia a dia.
O filme Rip Tide conta a história da modelo Cora Hamilton, interpretada por Debby Ryan a Jessie do série do Disney Channel, que está seguindo essa carreira para conseguir alguns segundos de atenção da mãe, que trabalha justamente em uma agência de modelos. Mas desde criança ela sempre mostrou um interesse bem maior em estudar sobre moda e fazer as suas próprias criações do que em posar usando as criações de outras pessoas.
Por isso, ela decide se dar “um tempo” na casa da sua tia, após ter um tombo viralizado na internet. Ela quer ar puro para conseguir pensar em uma forma de “fugir” e também projetar um futuro melhor para ela mesma. E que não tenha nada a ver com que o que as pessoas querem que ela viva ou faça. E, assim, finalmente, tomar as suas próprias decisões na vida.
Check out @DebbyRyan like you’ve never seen her before in Rip Tide! In cinemas from 21 sept. Full trailer https://t.co/L8zEbK8HNI pic.twitter.com/ErcXiFbR5S
— RipTideFilm (@RipTide_Film) July 23, 2017
Por isso, ao chegar na casa da tia, que mora na Austrália, ela acaba notando o quão triste é o local depois da morte do seu tio. E o quanto as pessoas pararam as suas vidas para viver um eterno luto, deixando de lado os sonhos e o que os faziam felizes.
A fotografia do filme é maravilhosa, e não era para menos já que a Australia é de cair o queixo. Então, aperte o play para assistir ao trailer abaixo:
A narrativa do filme é bem lenta, afinal, se trata de um drama. O romance vivido pela personagem principal não tira o foco da história, o que eu achei incrível e diferente do comum. Isso porque a maioria dos filmes acaba colocando o “amor ao outro” (uma nova paixão) como motivo de tudo, mas o amor próprio deve ser maior nesses casos. Isso porque o filme aborda justamente a superação de perdas e, claro, a decisão de um futuro melhor. E, nesses casos, é a sua felicidade que está em jogo. Acaba que ultrapassa a noção de carreira e vai para o lado da paixão, do que se ama fazer, sabe?
Até o nome do filme, que em inglês significa correnteza, já traz uma reflexão bem positiva. Já que tudo que está na correnteza tende a acompanhá-la, o que é justamente o que a personagem principal não deseja fazer mais
2. Viva o agora
Nada melhor do que um filme super trágico para nos lembrar da necessidade de viver o agora. No filme Perfeita pra Você, a personagem principal, Abbie, descobre uma doença terminal e perde totalmente as esperanças de sobrevivência.
Para nossa surpresa, ao invés de aproveitar para viver cada segundo que lhe resta ao lado do seu noivo, ela prefere gastar procurando um novo amor para ele. Por isso o nome do filme Perfeita pra você. Já pensou que loucura?
Se ela estivesse aproveitando todos os dias que ainda tinha de vida ao lado do noivo, tudo teria sido diferente e ela não teria passado uma reviravolta poucos dias antes de morrer.
Mas a questão aqui não é se estamos ou não com dias contados, mas sim se estamos ou não aproveitando o agora.
Já conhecemos o final da história
Uma das frases iniciais do filme é sobre se preocupar demais e perceber que não precisamos disso, já que todos sabemos aonde estaremos no final (e aparecem cenas de um cemitério). E é a mais pura verdade…
“Eu não precisava me preocupar com nada disso, porque a minha história acaba aqui. Aliás, a sua também e a de todo mundo.”
É realmente um filme que te fará chorar pelas escolhas erradas de Abbie e que com certeza pode nos ensinar muito sobre viver o agora, já que o futuro é o menos palpável e o mais incerto de todos.
Gravei um vídeo mostrando tudo o que você precisa reparar nesse filme, vale assistir apertando o play abaixo:
3. Já disse eu te amo hoje?
Não é só para assistir Nasce uma Estrela e chorar ouvindo Shallow, é para pensar no quanto apenas valorizamos as pessoas, depois que as perdemos.
Fala sério que nunca pensou nesse nome de filme pelo fato de sempre “nascer uma estrela” justamente quando ela morre?
Quantos artistas gostamos, ouvimos as músicas, mas não expressamos isso ao mundo? Ou o quanto a mídia só valoriza os feitos incríveis de alguém, quando essa pessoa não está mais aqui para receber os aplausos?
Acredito que isso acontece muito em nossas vidas também, dizemos tão pouco “eu te amo” abraçamos cada vez menos quem gostamos. Precisamos rever esse conceito.
4. Esta correndo atrás dos seus sonhos?
Aposto que você tem um sonho, uma vontade de realizar algo incrível que você passa todos os dias da sua vida pensando… acabou de lembrar de algo, não é? No filme da pensar na vida da vez é La La Land, os personagens Mia e Sebastian também tinham.
Ela queria ser uma atriz famosa (ou pelo menos conseguir um papel importante dentre as inúmeras audições que fazia), já o pianista Sebastian, queria renascer o Jazz e abrir um restaurante.
Os dois acabam se encontrando e se apaixonam, o problema começa a surgir quando as escolhas que eles fazem os distanciam cada vez mais um do outro.
Até que Mia vai em busca do seu sonho de ser atriz em outro país e deixa Sebastian.
Lembra desse filme?
Quem aí já viu Diário de uma paixão? É o mesmo ator que vive o Noah, chamado Ryan Gosling. As mulheres sempre o abandonam nos filmes, impressionante.
Adorei a forma com que o filme La La Land foi retratado, já que tira completamente a ideia de que há somente um personagem principais e ambos são tratados assim.
Vale lembrar que esse filme ganhou o Oscar 2017 de melhor atriz, para Emma Stone, melhor diretor para Damien Chazelle, melhor fotografia para Linus Sandgren, melhor canção original com “City of stars” e também por melhor design de produção.
Além disso, a narrativa de mostrar como a vida deles teria sido diferente caso tivessem realizado outras escolhas pelo caminho, isso também me surpreendeu muito. Veja abaixo.
Acredito que você já deve ter reparado no quanto as escolhas que fazemos no dia a dia moldam o nosso futuro e, se ainda não, é melhor se jogar logo no filme La La Land e entender como é surpreendente o poder da escolha.
5. Por que usar esses aplicativos de relacionamento?
Eu comecei a namorar muito cedo, então não peguei a época de usar aplicativos de relacionamento como o Tinder (e não tenho nenhuma vontade de ter usado, para falar a verdade).
No filme Deslize, com Noah Centineo, o assunto da vez é justamente um aplicativo assim, chamado Jungle.
Lance, personagem interpretado por Noah, entra na faculdade e decide criar um aplicativo para facilitar o processo na hora de arrumar um encontro.
Há toda uma introdução para mostrar o quanto as meninas se jogam em cima dele e que todas as noites ele está com uma diferente. E, claro, mostrando o quanto ele gostaria que elas não soubessem o seu nome e nunca mais procurassem por ele depois de passarem a noite juntos.
Resumindo, queria algo que as meninas já pré-concordassem com o fato de que seria só uma noite, ela não saberia nem o nome dele, nada de sua vida e nunca mais entrariam em contato depois.
Sim, era um aplicativo para marcar facilmente de se encontrar para ter relações sexuais.
Machismo, é você?
Me senti muito mal ao ver que as meninas, para entrarem, além de concordarem com esses termos terríveis, tinham que postar uma foto sensual (muitas de roupa íntima em frente ao espelho) e acabavam se transformando em um catálogo em que os homens apenas “deslizavam” para escolher com quem gostariam de passar a noite. Quase um processo de prostituição mesmo.
Já as meninas, “deslizavam” observando fotos de homens arrumamos e, principalmente, de roupa. Um contraste terrível.
Fiquei me perguntando porque elas se colocavam nessa posição e, para minha surpresa, abordaram isso no filme também.
O desenvolvedor do aplicativo, James, interpretado por Kendall Ryan Sanders, percebe o quão triste e desolador pode ser para uma garota um encontro assim e, só cai na real quando a própria mãe decide usar o Jugle.
A questão é que não teria aplicativo algum funcionando se não tivessem mulheres neles. Já pararam para pensar por esse lado? E é essa a justificativa que abordam no filme.
Acredito que o final do filme Deslize poderia ter sido mais bem interessante, mas ok. Trouxe a proposta que quiseram de mostrar esse outro lado da moeda.
BRINCADEIRINHA! A dica do dia é correr do filme Deslize da Netflix. Muito ruim, gente! SOS! Depois tente procurar por “deslize” no twitter, vai entender bem o que estou falando.
Deslize é um filme que trata as mulheres como objeto, e não tem nenhuma critica no final. E mais, ainda precisou de um macho pra dizer para as próprias mulheres que elas são mais que um pedaço de carne.
— mıleʏ c. (@libertwlk) July 20, 2019
Agora sim, que tal ligar logo a televisão e começar a maratonar esses 4 primeiros filmes para pensar na vida que separei para você? Depois volte aqui e me conte o que achou de cada um deles e o que cada um deles te mostrou.
Desafio dado! Essa eu quero ver, hein?
Ah! Vale mandar nos comentário, um filme que você acredita que deveria estar nessa lista de filmes para pensar na vida.
Veja essa lista de filmes para ver a vida com outros olhos e para enxergar o perigo das redes sociais.
Beijos,
-Aninha Carvalho
2 Comments
Oi tudo bem?! Gostei muito do seu blog e acho que, assim como eu, você também gosta muito de filmes!!! Mas, enfim, eu queria tirar uma dúvida contigo, se possível.
É que há alguns anos atrás, eu assisti a um filme que justamente no final dele, há uma mensagem bíblica (tipo, bem-aventurados os que não viram, mas creram). Nesse filme, o ator principal – que eu não me lembro quem, rsrs – era um pesquisador que era perseguido pela Igreja e na última cena, descobre um pequeno espaço atrás de uma falsa parede, e que tinha um esqueleto (tipo como se fosse o de Jesus, ou o que o filme leva a crer).
E é nesse ponto que eu me perco, pois gostaria de me lembrar o nome desse filme; será que você pode me ajudar, ou me orientar a quem possa???
Obrigado!!!! 🙂
Nossa, Ivan, tem mais algum detalhe sobre o filme, não consegui identificar qual é!