Nós nos preocupamos com todos os mínimos detalhes quando se trata de organizar um intercâmbio. Procuramos sobre a escola, o país, juntamos dinheiro, compramos a passagem, a mala, as roupas de inverno…. Mas algo muito importante acaba saindo do nosso planejamento: a preparação emocional para um intercâmbio.
Será que você está preparado(a)?
Para te ajudar a descobrir tudo isso, criei a Jornada Rumo ao Intercâmbio junto com a psicóloga com atuação intercultural, Karen Góes do @bloomdip.karen. Tudo isso para que você descubra quais são e como lidar com cada um dos desafios emocionais que envolvem o intercâmbio.
A ideia é que você saia mais preparado(a) para vai viver o seu melhor fora do país.
Acompanhe todo o conteúdo desse projeto, tenho certeza que vai fazer toda a diferença na sua preparação???
Você está preparado(a)?
Antes de mais nada, é preciso fazer um diagnóstico. Para isso, separei um teste que releva o quão preparado você está para fazer intercâmbio. Dê o play abaixo para descobrir!
Por que me preparar emocionalmente para o intercâmbio?
Aninha Carvalho: Para começar, por que é tão importante conversar sobre saúde mental quando falamos de viver uma experiência no exterior como um intercâmbio?
Karen Góes: O intercâmbio é uma experiência incrível, com muitos aprendizados, crescimento, mas também alguns desafios.
Esses desafios, como se expressar em um novo idioma, valores e comportamentos culturais diferentes, uma nova rotina, clima (por vezes frio, com pouca luz diária), sistema de ensino diferente e tantos outros, são fatores potencialmente estressores para a saúde emocional.
Assim, é fundamental compreender melhor esses desafios e nos prepararmos para lidar com eles, para então aproveitar ao máximo dos incríveis benefícios e oportunidades que uma vivência em outro país pode proporcionar.
Live 1: Será que intercâmbio é para mim?
- Você sabe mesmo o que é intercâmbio?
- Tem ideia de como funciona sair do país, fazer intercâmbio para aprender inglês e trabalhar? Não?
Neste vídeo, me reúno com a psicóloga Karen Góes, que prepara futuros intercambistas, justamente, para esse momento de vivência no exterior, para bater um papo com a gente sobre isso. Vai por mim: chegou sua hora de libertar todos os pensamentos e crenças limitantes que te impedem de realizar o seu sonho de fazer intercâmbio.
E, claro, se o grande x da questão for convencer sua família, convide-os para assistir ao vídeo também!
Neste vídeo, nós vamos conversar sobre:
- O que é X O que não é fazer Intercâmbio
- O que o intercâmbio traz de novo?
- Para que serve intercâmbio?
- Crenças limitantes: o que são e como driblar tudo isso!
- Pais e filhos no intercâmbio: dicas para fluir tudo bem
- Perguntas para te auxiliar no momento de decisão do seu intercâmbio
Pais e filhos se preparando para essa aventura no exterior
Aninha Carvalho: Se é preciso ter uma preparação por parte do intercambista, como fica isso em relação aos pais?
Karen Góes: Os pais de intercambista têm um papel fundamental no processo do intercâmbio. Pais de adolescentes então, são um elemento chave para o sucesso do intercâmbio.
No caso dos adolescentes, por meio de uma postura incentivadora e confiante, de acreditar no jovem, contribuem muito para uma experiência mais positiva no exterior.
Ao passo que pais com uma tendência mais controladora vão sofrer mais neste processo e interferir de maneira negativa no intercâmbio do adolescente.
Minha sugestão para os pais é que permitam (internamente também) e estimulem que seus filhos voem, ganhem novos horizontes, saiam de sua zona de conforto e se tornem um cidadão do mundo com uma bagagem repleta de conquistas e aprendizados. O resultado certamente será gratificante.
Mas e aí, como faço para convencer meus pais?
Aninha Carvalho: Tem muitos futuros intercambistas que me acompanham e que têm dificuldade em convencer os pais para conseguirem fazer intercâmbio. Quais dicas você daria para esses jovens que querem estudar fora?
Karen Góes: Acredito que os pontos chaves são diálogo, confiança e disposição. Entender o ponto dos pais e os pais, o do adolescente.
- Por qual motivo os pais estão resistentes a ideia? Receio, insegurança, questão financeira? É preciso entender esses motivos e então ir dialogando com os pais para juntos pensarem em soluções e formas de lidar com isso.
Em geral essa decisão de ir fazer intercâmbio na fase da adolescência, está muito baseada na confiança. Mostre que seus pais podem confiar em você, demonstre isso no dia a dia ainda aqui no Brasil
Demonstre também a sua disposição e desejo em viver o intercâmbio:
- Pesquise informações para compartilhar com seus pais (do país, da escola, da agência),
- Estude o idioma (ainda que seja por aplicativo ou pela internet)
- E até busque pessoas que já fizeram intercâmbio para apresentar para os seus pais e eles se sentirem mais tranquilos
Existe uma idade certa para fazer intercâmbio?
Aninha Carvalho: Na sua opinião, existe idade certa para fazer intercâmbio? O que uma pessoa precisa ter em mente na hora de entender que está pronta para essa aventura no exterior?
Com quantos anos pode fazer intercâmbio?
- A partir de quantos anos pode fazer intercâmbio?
- Será que existe uma idade certa pra fazer intercâmbio?
Vídeo em Capítulos
00:00 | Será que passou o momento de fazer intercâmbio?
00:52 | Com quantos anos posso fazer intercâmbio?
02:08 | Quais são seus objetivos com o Intercâmbio?
03:00 | Como o destino impacta na idade para fazer intercâmbio?
03:59 | Intercâmbio com mais de 30 anos
05:16 | Não deixe que idade atrapalhe seu intercâmbio
Não existe o momento ideal
Karen Góes: Acredito que não existe “o” momento ideal para fazer intercâmbio.
A experiência intercultural tem um grande potencial para auxiliar na aquisição e desenvolvimento de diversas habilidades em todas as faixas etárias.
Em especial na fase da adolescência, os estudos científicos nos apontam que estas aquisições podem ser ainda mais significativas e profundas pois se trata de uma fase da vida na qual a formação da identidade e do desenvolvimento está em um dos momentos mais importantes.
A adolescência é, naturalmente, uma fase de transição, descobertas e identificações. Mas caso a pessoa tenha 30, 40, 50 ou até mais, é sempre uma ótima oportunidade!
É importante entender que nunca estaremos 100% prontos para o intercâmbio e ouso a dizer que para nenhuma experiência na vida.
Mas para se sentir confiante em ir viver essa experiência acredito que boa dose de coragem e disposição.
Disposição para além de viajar e aprimorar um idioma e conhecer pessoas, viver uma nova experiência, revisitar alguns conceitos e se conhecer melhor.
Live 2: Quero fazer intercâmbio, mas para onde vou?
Você quer fazer intercâmbio, mas ainda não decidiu para onde?
Descubra dicas infalíveis para escolher o melhor destino de acordo com a sua personalidade e objetivos.
Neste vídeo, me reúno com a psicóloga Karen Góes, que prepara futuros intercambistas rumo à uma experiência maravilhosa no exterior, e vamos conversar, justamente, sobre a escolha do destino ideal. Será que existe um melhor destino? Um destino realmente IDEAL para intercambistas?
Neste vídeo, nós vamos conversar sobre:
- Será que o intercâmbio ideal existe?
- Intercâmbio no Ensino Médio ou Faculdade?
- O que você quer vivenciar no exterior?
- Intercâmbio só vale para adolescentes?
A qualquer momento, pode dar algo errado. É normal sentir isso?
Aninha Carvalho: Lembro que ao longo de toda a preparação para o meu intercâmbio, mesmo pagando os boletos da agencia, eu só acreditei que iria de verdade quando comprei a passagem de avião. É normal não acreditar? Esse sentimento de a qualquer momento vão me avisar que intercâmbio não é para mim?
Quais são essas crenças limitantes que podem nos atrapalhar na hora de tomar a decisão de fazer intercâmbio?
Karen Góes: Existem vários pensamentos, que mesmo sem nos darmos conta, cultivamos ao longo da nossa vida. Esses pensamentos podem nos impulsionar ou as vezes podem nos atrapalhar.
No caso da decisão do intercâmbio, vemos alguns que são bem comuns e atrapalham os estudantes como:
- “Não tenho domínio do idioma local”,
- “Intercâmbio é coisa de gente rica”,
- “Já passou o meu tempo para isso”
- e vários outros.
É preciso ir questionando esses pensamentos e desconstruindo essas “verdades” que acreditamos.
Afinal, sabemos que nem todos tipos de intercambio exigem o idioma, existem diversas bolsas de estudos, intercâmbios mais acessíveis e que e a idade não é um fator limitante.
Live 3: Fechei meu intercâmbio. Mas como vou me preparar?
- Já se decidiu?
- Fechou seu intercâmbio?
- A questão agora é: “como vou me preparar?”
Este é um momento importante de pesquisa do local e também para conhecer mais a cultura do país. Neste vídeo, me reúno com a psicóloga Karen Góes para conversar sobre como se preparar para um intercâmbio. Vamos responder as seguintes questões:
- Preciso me preocupar com a preparação em relação ao Idioma?
- Como desenvolver sua curiosidade ajuda a chegar mais preparado?
- Como começar a criar um planejamento e fazer uma organização financeira.
- Descubra como gerenciar as expectativas do intercâmbio.
Ansiedade pré-embarque para o Intercâmbio
Aninha Carvalho: Ansiedade pré-embarque: isso é normal? Como superar este sentimento?
Karen Góes: A ansiedade é uma emoção que sentimos quando temos pensamentos de dúvida, indecisão ou ainda receio do futuro.
Sentir um pouco de ansiedade diante de uma mudança tão significativa é normal sim. É natural que haverá um friozinho na barriga, uma pequena dose de insegurança ou medo.
É o nosso corpo e mente reagindo frente a uma situação nova. Algumas estratégias podem auxiliar a lidar com esse movimento: a ansiedade tende a gerar uma preocupação.
O que está te preocupando? Entender isso vai te ajudar a ter estratégias e ações para minimizar essa preocupação. Organizar as atividades pre embarque em listas, planilhas também pode ajudar a aliviar essa emoção.
E por último, buscar aproveitar e viver o presente. A ansiedade é um sentimento que nos convida a viver o futuro. Mas buscar, nesse momento pre embarque, curtir a família, os amigos, seus lugares e comidas preferidas vai te ajudar a se manter no presente.
Live 4: Meu intercâmbio está chegando, como lidar com a ansiedade pré-embarque?
- Ansiedade Pré-Intercâmbio: você está passando por isso?
- Sabe como lidar com todos esses sentimentos?
- Precisa de ajuda?
Sim, seu intercâmbio está, finalmente, saindo do papel. Depois de tanto tempo organizando, planejando tudo… está quase na hora de entrar naquele avião e sair do país rumo ao seu sonho de fazer intercâmbio. E é justamente neste momento que aparece a tal da ansiedade pré-intercâmbio.
Um sentimento que você não consegue compreender direito. Um mix de “vou para um lugar diferente e vai dar tudo certo” e “será vou ou não conseguir me comunicar no idioma?”. Tudo ao mesmo tempo, junto e misturado!
Isso está acontecendo com você também?
Antes de mais nada, a ansiedade pré-intercâmbio é muito comum, viu?
Mas não quer dizer que você precisa ignorar esses sentimentos e fingir que está tudo bem… Nada disso.
O ideal é se conhecer e saber como agir de acordo de acordo com cada um desses pensamentos, sensações e aflições que te fazem sentir essa ansiedade pré-intercâmbio. Para me ajudar a fazer com que você passe por este momento da melhor forma possível, convidei a psicóloga intercultural, Karen Góes.
A Karen é responsável pela preparação de futuros intercambistas para essa vivência no exterior. Não tem especialista melhor para falar sobre o assunto!
Para você ter uma ideia do que está por vir, neste bate-papo, nós vamos conversar sobre:
- Como trabalhar melhor a ansiedade
- Como não deixar a ansiedade te dominar em relação à família que fica? Isto é, mas “e se acontecer alguma coisa com meus pais quando eu estiver fora?”.
- 1 mês antes do intercâmbio: O que você ainda precisa organizar neste momento?
- E se der branco e não conseguir me comunicar no idioma?
- Medo de não saber converter a moeda
- “O medo e a ansiedade são emoções diferentes, mas eles andam muito juntos.”
- Se programe para este momento ficar mais tranquilo
- Sugestões do que colocar na mala pré-embarque
Desafios durante o intercâmbio
Aninha Carvalho: Quais são os desafios enfrentados pelo intercambista no exterior e como lidar com eles?
Karen Góes: Costumo dizer que a experiência de intercâmbio tem um potencial para trazer aprendizados riquíssimos, que a gente tende a carregar para a vida toda. Mas para chegar nestes aprendizados, passamos sim por alguns desafios.
Acredito que os mais comuns são em relação ao desafio de se comunicar em idioma diferente, a sentir saudade de casa, o sentimento de solidão. Para cada um dos desafios mencionados, podemos adotar estratégias diferentes.
Mas a disposição e autoconfiança do jovem em saber que é capaz de superar desafios podem ser essenciais para encarar essas situações.
Live 5: Estou longe do Brasil e com saudade de casa, o que eu faço?
Nessa quinta e última live em parceria com a psicóloga Karen Góes e o nosso projeto Jornada rumo ao seu Intercâmbio, vamos conversar sobre alguns dos desafios que enfrentamos em um novo contexto cultural:
- Saudade
- Solidão
- Diferenças culturais
- As diversas adaptações (clima, alimentação, idioma)
- Estou longe do Brasil e com saudade de casa, o que eu faço?
- Muitas dicas e troca de experiência sobre como lidamos com esses desafios.
Dicas para intercambistas:
- Existe um Processo de adaptação (com diversos elementos como idioma, clima, hábitos culturais, viver com outras pessoas- família ou pessoas de outras nacionalidades) que geram um grau de stress ao longo de um período do intercâmbio – momentos de altos e baixos.
- Entenda que é passageiro: os desafios, o tempo que está vivendo fora, mas que demanda esforço da sua parte.
- Não precisa passar por esse momento sozinho (a): busque amigos, familiares, e apoio neste momento.
- A saudade: não deixe que ela se torne a vilã do seu intercâmbio, deixe que ela venha e passe, foque no que está vivendo hoje.
Como lidar com uma cultura diferente?
Aninha Carvalho: O trabalho de se conhecer e ter noção de que estará exposto a uma cultura diferente é algo que precisa ser direcionado antes da viagem. Como é possível fazer essa preparação?
Karen Góes: Esse conhecimento interno (autoconhecimento) e externo (sobre o país, a cultura, a cidade), é fundamental para trazer mais autoconfiança e habilidades para o intercambista lidar de maneira mais saudável e positiva com os desafios que estão por vir.
A Psicologia Intercultural é uma área específica da psicologia que estuda o comportamento humano em contato com outras culturas e pode contribuir muito para esse processo através de treinamentos e orientações interculturais. Nesses treinamentos é possível entender mais sobre como a cultura impacta no intercâmbio e desenvolver habilidades para lidar com desafios culturais e emocionais que envolvem essa jornada.
Foto de capa: Photo by Izzy Gerosa on Unsplash
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