Quem aí nunca ouviu aquela velha lógica de que só se vence na vida por mérito? Eu até costumo usar uma, com uma ideia bem parecida, que é “a escolha é sempre sua”. Mas será mesmo? Será que a escolha é sempre nossa?
Já estava ansiosa para a estreia de 3%, depois de assistir ao teaser que eles publicaram no YouTube como uma Websérie em 2011. A Netflix curtiu a proposta e resolveu investir numa primeira série totalmente brasileira para o streaming. E, claro, que eu não poderia ter ficado mais encantada com isso, principalmente porque acredito que a valorização das produções brasileiras deveria acontecer com uma maior frequência.
No início confesso que achei os episódios bem parados, mas isso vem do fato da série ser voltada ao drama. Apesar disso, o lado da ficção científica me chamou a atenção. Ainda mais se observarmos o modo como retrataram o Brasil de “anos para frente”, que representa muito bem traços da sociedade atual. Apesar disso, a série é bem diferente da websérie do YouTube de cinco anos atrás, principalmente pela forma como é construída toda a esfera do processo que ganha um ar futurista. Olha só duas modificações da websérie para a nova série da Netflix abaixo:
Hoje analisaremos a série, assim como o modo como ela é constituída
e conheceremos os personagens principais de 3%. Vamos lá!
Série 3% da Netflix
A nova série da Netflix, 3%, conta a história de um Brasil dividido em dois. Um considerado mais rico em recursos e outro onde tudo é escasso. Aos 20 anos de idade, os habitantes da parte “pobre” têm a oportunidade de entrar no lado mais rico, através de uma seleção chamada de “Processo”.
Como o próprio nome da série já sugere, esses 3% representam o número de pessoas que conseguirão entrar para o lado “rico”, chamado de Maralto. O nome escolhido pode até ser uma alusão ao fato da sociedade viver em uma ilha no meio do mar.
Então, vocês devem se perguntar: o que acontece com os outros 97% que não passam no “Processo”? Simples. Eles retornam para o “continente”, como é chamada a parte “pobre” do país.
Só eu que achei esses números absurdos?
Idade decisiva
Todos os jovens de 20 anos passam por diversas fases do Processo até chegarem ao dia de embarcar rumo ao Maralto. Durante todo o percurso, é como se se formasse uma mini sociedade pautada em outros valores. Até mesmo questões de assassinato e roubo são descartadas como fatores de punição ao longo do processo.
Em uma das provas, acontece uma alusão ao filme “A Experiência” (2001), do diretor Oliver Hirschbiegel. Nele as pessoas são colocadas para conviver em um local fechado e começam a fazer as suas próprias regras. O que pode gerar uma grande confusão, e é o que também acontece na série 3%. Esse é, com certeza, um dos melhores episódios da série. Nele compreendemos aquele velho ditado de “dê poder a uma pessoa e conheça quem ela realmente é”.
Todas as pessoas do Continente recebem uma identificação, colocada atrás da orelha. Quando completam 20 anos, recebem o chamado para que se direcionem até o local do Processo. Porém, alguns jovens não conseguem passar com 20 anos e acabam cometendo barbaridades para conseguir uma nova identidade para tentar passar pelo processo de novo. Ou até mesmo, alguns que, por não terem uma família, nem chegam a ser identificados, tentam uma identificação de uma forma mais fraudulenta. Eu entendi isso mesmo como o tal “jeitinho brasileiro” de dar um jeito nas coisas.
Processo x Vestibular
Durante todo o Processo é estabelecida uma proposta de futuro melhor baseada no mérito, a tal, meritocracia. Acho que já escutamos muito isso na época do vestibular. “Eu preciso estudar para entrar na faculdade e, assim, conseguir um futuro melhor”. Parece algo bem similar ao que os jovens do continente projetam para o futuro. “Eu preciso me preparar para passar no Processo e ir para o Maralto”. É justamente nesta ilha que é depositada toda a possibilidade de futuro desses jovens, assim como as nossas estão nos vestibulares.
Mas será que todos possuem condição de passar no vestibular? Será que todos vão para o Maralto? Lá, pelo visto, apenas 3%. E se formos parar para pensar nas divisões de classes sociais que temos atualmente, com as melhores condições de vida e escolaridade da forma como são distribuídas, será que não são apenas 3% que passam nos melhores vestibulares também?
Ricos e pobres
Assim como hoje, em que a globalização e o capitalismo andam juntos, na série isso também fica bem representado. O primeiro ponto interessante para analisarmos é a questão da existência de um lado “rico” e outro “pobre”. Consequências tanto de um capitalismo quanto de uma globalização sem limites.
É ainda mais claro que a sociedade do continente é pautada pelo capitalismo quando aparecem fashbacks dos jovens juntando moedas. E até mesmo quando oferecem dinheiro para que os participantes saiam do processo.
Quando oferecem dinheiro a eles, chega a ser uma ação muito mais simbólica do que propriamente um suborno. Isso porque eles oferecem o dinheiro, fator essencial de sobrevivência no continente, para jovens que estão tentando entrar no Maralto. Mas que, caso passem, deixarão os pais e os irmãos para trás.
Será que valeria a pena pegar o dinheiro e dar uma condição de vida melhor para sua família ou deixá-los “a ver navios” para entrar no Maralto e garantir o seu próprio futuro? Parece um tanto quanto egoísta essa decisão e parece que exatamente uma escolha assim que eles preferem.
No decorrer do processo, fica bem nítido que a noção de família e de descendentes é bem banalizada no Maralto. Tanto que para os participantes se direcionarem para a ilha, eles precisam tomar uma vacina que os tornam estéreis.
Com isso, sem a possibilidade de ter filhos, estes não poderão herdar o que os pais conquistaram e assim perpetuarão com a tal meritocracia. Em que, só há conquista através do mérito próprio.
Dinheiro
O casal fundador, como são chamados as pessoas que criaram o Maralto, desenvolveram um tipo de sociedade utópica em que o dinheiro não possui o valor imposto pelo capitalismo. Mas a sociedade em si ainda não foi apresentada nessa primeira temporada. O que é uma pena, porque ainda ficou como um mistério sobre como essa sociedade é sustentada e como eles, realmente, vivem.
Com essa segregação existente entre o lado rico e pobre, muitas vezes, chega a ser complicada a “purificação” das pessoas do continente para entrarem no Maralto. Essa palavra, purificação, é ridícula, mas é essa que eles usam na série.
Essa segregação pode ser observada através dos personagens Joana e Fernando. Ambos tentam se inserir e passar no Processo, mas com objetivos distintos. No decorrer do processo podemos notar cenas que mostram que, apesar de tentarem se inserir, percebem que aquele lugar não é “digno” deles. Como se não se encaixassem no estilo de vida proposto pelo Maralto. O que chega a ser ruim de assistir. Uma pessoa se “descartando”, não se achando suficiente para entrar em algum lugar, só por não ter um tipo de atitude que tal lugar exige.
É ou não é a realidade pura? Ao longo do processo, ambos começam a desconsiderar o processo como a melhor forma de futuro e não se veem mais do outro lado.
A causa
Assim como eles, existem outras pessoas que veem o processo de uma forma negativa. Na sociedade em que vivemos, existem movimentos ligados em discutir situações de perdas de direitos. Na série existe um movimento chamado “causa”. Os nomes que eles dão a tudo nessa série são bem criativos, vocês perceberam, né?
A causa é formada por um grupo de pessoas que não consideram correto existir essa oportunidade anual para apenas 3% da população do continente. Eles não acreditam que essa seleção realmente consegue capturar as “melhores pessoas”. E será mesmo que existem, realmente, pessoas melhores e destinadas ao Maralto?
A causa não acredita no processo do jeito que ele é realizado. Com isso, eles querem alterar seus procedimentos e, para isso, precisam se infiltrar no processo. Assim, na teoria deles, conseguirão mudar a forma como ele é realizado, só que de dentro para fora. É isso que observamos também nas eleições deste ano, por exemplo. Em que vários membros de movimentos sociais se candidataram a cargos como o de vereador. Desta forma eles conseguem levar seus ideais e serem ouvidos mais de perto, e transformar a sociedade de dentro para fora.
Personagens da série 3%
Separei alguns dos personagens mais importantes da série 3% para conhecermos melhor. Vou separá-los em Maralto e Continente. Em cada um deles há um personagem protagonista que será o primeiro a ser identificado. Então, vamos lá.
Personagens do Continente
A protagonista do Continente é Michele. Jovem que deseja ir para o Processo não na procura de um futuro melhor, mas, sim, em busca de vingança. O único membro da família de Michele foi assassinado durante o Processo e ela deseja justiça.
Eu achei a considerei muito confusa e fingida ao longo de todo o processo. Michele entrou como um membro da causa e deseja de todas as formas passar como infiltrada. Apesar disso, ela mete os pés pelas mãos em inúmeras situações e, com isso, acaba perdendo pessoas essenciais que poderiam a ajudar demais ao longo do processo. Apesar disso, ela joga muito bem e é muito dissimulada, o que a faz se dar bem em várias provas também. Ela tem uma imagem exterior muito durona, mas parece que por dentro está caindo em pedaços.
Fernando é cadeirante e desde muito jovem já sofreu influências de seu pai para que visse o Processo como a sua única forma de obter um futuro melhor. Ser cadeirante nunca foi um problema para o jovem. Ele é confiante e acredita que tem grande possibilidade de passar.
Possibilidade x Orgulho
Em uma das provas descobre que no Maralto poderia conseguir uma chance de voltar a andar. No começo ele não gosta muito da ideia, mas na primeira chance que tem utiliza dela para se fazer de coitado e passar na prova. Óbvio que voltar a andar seria uma notícia incrível para ele, mas depois de passar tanto tempo em cima da cadeira de rodas, Fernando já está “acostumado” com o destino dele. Mas, mesmo assim, achei muito estranho ele ter ficado irritado com uma possível cura do outro lado.
Ao longo do processo conhece Michele, se apaixona, mas acredito que não podemos dizer ao certo se é recíproco. Michele só beija Fernando fugindo de questionamentos que ele faz a ela. Parece que ele reagiu de uma forma tão positiva para a aproximação da jovem que ela não conseguiu mais tira-lo do caminho. Eu, definitivamente, só acredito na parte do romance vinda de Fernando, Michele não parece gostar nenhum pouco dele.
Joana não tem família e nunca foi identificada, por isso, para participar do processo ela teve que forjar uma identificação. A jovem entra para conseguir fugir de uma confusão que aconteceu no Continente. Apesar de parecer não estar envolvida no Processo, a jovem o enxerga como sua única fonte de sobrevivência. Até que percebe que a forma de selecionar os candidatos não parece nada correta.
Personagem clichê
Joana tem um jeito bem amedrontador. Ela não é do tipo que fala demais mas o olhar dela possui muito significado. Ela é uma mulher muito guerreira, o típico clichê de personagens mulheres e negras. Ainda mais com toda essa questão do empoderamento em pauta, essa situação não poderia ser representada de forma diferente em uma série brasileira.
A atriz é novata mas é notória a capacidade de atuação dela. Dá para sentir a raiva no tom de voz e no olhar dela ao falar que “não pertence ao Maralto” e que eles “não precisam de alguém como ela”. Sério, vale a pena observar as cenas que ela está presente, são as de atuação mais profunda.
Rafael já participou do processo uma vez, mas não passou da primeira prova. Por isso, dá um jeito de participar novamente. Ele não se dá muito bem com a sua família e tem um ego bem exacerbado o que traz dificuldade para que consiga se enturmar no início do processo. E, sério, ele chega a ser bem chatinho. Mas, relaxem, que depois você vão amar o Thiago, opa, Rafael.
O chato que vai virar o seu preferido
Logo de cara, Joana já nota a identificação forjada de Rafael e eles fazem uma aliança. Rafael entra com o objetivo de passar no processo a qualquer custo, mesmo que tenha que passar por cima de outras pessoas. A possibilidade de voltar para casa, não existe para ele. O que deixa o jogo ainda mais interessante. A todo momento ele ressalta que quer dar uma vida melhor para os filhos dele, mas para seguir rumo ao Maralto terá que fazer uma escolha decisiva em sua vida. Ele parece ser o típico cara que “sabe tudo” e que está ali, realmente, para jogar, mas vocês vão se surpreender com o modo como ele chegou até lá, o motivo e como ele é melhor do que aparenta.
A família Alvares é conhecida por sempre passar no processo e ir para o Maralto. Em sua casa no Continente, existe uma parede com retratos dos outros membros da família que já estão por lá. Por ser um Alvares, Marco já tem plena certeza de que passará e isso fará com que ele se perca no meio do processo.
Memórias de um Brasil atual
Quando passa um flashback da vida que levava no continente, é possível sentir um resquício de escravidão misturada com a velha ideia de que a pessoa “é da família”. Como acontece com os relacionamentos entre patrão e empregado. Ele vive sozinho com uma empregada negra em uma casa, a meu ver, mais luxuosa do que a dos outros personagens. Mesmo com poucas roupas, é possível observar que ela está ali para servir o garoto e usa até uma roupa preta e branca, o típico uniforme de empregada. O jovem finge ser gentil com ela enquanto a mulher o serve mais comida do que para ela própria. No final do seriado é possível compreender que talvez nem todos os Alvares, que estejam naquelas fotos da parede, tenham, realmente, passado no processo.
O personagem é interpretado com uma visão mais conservadora e aristocrata de mundo, o que chega a ser irritante. Por viver sozinho com a empregada, chega a se mostrar bem mimado também. No início o personagem é bem chatinho e você vai ficar se perguntando porque ele ainda não saiu em nenhuma prova. Mas ele possui um instinto de líder que pode ser aproveitado tanto para o bem quanto para o mal. O problema, é que o jovem não soube aproveitar esse jeito de forma positiva durante todo o processo.
Personagens do Maralto
Ezequiel é o protagonista do Maralto. Ele é o responsável por organizar e fiscalizar todas as provas de seleção do processo. Ao longo da trama descobrimos vários segredos dele que podem prejudicar o futuro de vários personagens da trama.
Julia é a esposa de Ezequiel. No ano em que a série é abordada, ela já não aparece mais como personagem. Acabamos conhecendo porque ocorre um Flashback para que seja possível compreender algumas atitudes estranhas de Ezequiel.
O que ela quer?
O processo de seleção conduzido por Ezequiel tem deixado algumas dúvidas para a população do Maralto. Será que o processo está sendo conduzido da melhor forma? Por isso, Aline é encaminhada para acompanhar o processo de seleção e investigar Ezequiel. No início ela parece apenas seguir ordens. Depois, perde o controle da situação e começa a fazer a investigação por conta própria. O que a coloca em situações bem complicadas.
Observações finais
A série 3% da Netflix trouxe uma situação bem relevadora de um Brasil de anos para frente, mas que é bem característico do atual. Isso talvez seja o que mais me atraiu para continuar assistindo a série. Além disso, os personagens foram muito bem construídos, apenas de eu achar que eu ainda tenho muito para conhecer sobre os personagens Michele e Ezequiel. As atitudes deles ao longo do processo são questionáveis em vários momentos, principalmente pela atitude manipulável de Michele que seguiu o grupo da causa sem saber se o que lhe diziam era real. Mas mesmo assim, ainda não consigo acreditar que, realmente, o lado Maralto seja o melhor caminho.
O engraçado disso tudo é a relação da página do Facebook da série que se relaciona totalmente favorável ao processo e contra a causa. Dá só uma olhada lá depois.
Essa série segue muito ao lado das sagas de cinema como Jogos Vorazes e Divergente, mas agora numa versão brasileira. Logo, é esperado que os que estão ao lado da causa se revelem e consigam reverter a situação imposta através do processo para a população.
Ah! Boas notícias, já foi anunciada a segunda temporada de 3%!
Já assistiram a série 3% da Netflix? O que acharam? Mandem nos comentários!
Até o próximo post,
Beijos,
-Aninha Carvalho
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12 Comments
3% esta relacionado aos humanos que se salvarão no apocalipse. A série é biblica
É possível fazer essa interpretação, mesmo, William, já que a série se passa em um futuro pós-apocalíptico.
Melhor comentário da série. A primeira deixou tantas perguntas sem resposta, impossível não assistir a segunda e criar teorias.
Com certeza, já estou ansiosa para a segunda temporada! E você, já tem suas teorias sobre como deve ser o Maralto?
Gostei muito da serie, porém o cara que escolheu a trilha sonora ta eliminado e não vai passar para o lado de lá mais é nunca, pois via ter mal gosto assim só do lado de cá mesmo.
Agora quanto ao maralto, deve ser no fundo do mar, risoss, se não porque aquele submarino.
Mais olha eu que sou fã de ficção aprovei agora só vamos esperar que a segunda temporada não esfrie e se fosse eu no roteiro iria apimentar com explicações de como a sociedade se tornou aquilo.
A trilha sonora deixa a desejar mesmo! Ela poderia ser muito mais emocionante. Mas fica aí essa esperança pra próxima temporada.
Pelo que entendi, o Maralto é em um ilha e eles usam o submarino para chegar lá “mais rápido”. Até a mulher do Ezequiel, a Julia, aparece numa ilha por lá, em uma praia.
Queria muuuito conhecer melhor esse casal fundador, viu? Eles podiam trazes essa história à tona mesmo!
Minha pergunta é, a 2° temporada vai ser no maralto ou vai ser igaul a primeira com as pessoas de 20 anos, boa publicação, parabéns.
Acredito que seja no Mar Alto. Aliás, que irá mesclar entre os que ficaram e os que foram. Deve, com certeza, ocorrer alguma rebelião.
Muito obrigada!
Ola ana.
Eu acabei de assistir o filme: “12 horas para sobreviver: o ano da eleição” esse filme é bem sinistro cheio de mensagens subliminares, começando por traços maçônicos. Mas algo me chamou muita atenção foi o fato deles falarem sobre a questão do casal criador e da purificação. Foi entao q eu vim para em seu blog, pois eu lembro q quando assistir a serie 3% a ideia central era exatamente em cima dessa duas coisas: casal criador e purificação. Escrevo esse comentário em um dos momentos mais marcantes da historia do Brasil. Aonde a familia tradicional esta sobe fortes ataques. Creio q se o PT ganhar essas eleições, a família tradicional q conhecemos podera num futuro não muito distante, deixa de existir. Essa serie 3% deixa bem claro isso, q a familia nao é relevante, ter filhos, constituir familia, nao sera mais algo a ser levado em consideração para quem quiser ir para o Maralto. Eu nao te conheço, nao sei quais os seus princípios. Mas se vc é a favor da família, utilize seu blog para divulgar, e incentivar as pessoas a proteger a família.
Ei, Wenisteeen, tudo bem? Ainda não assisti ao filme “12 horas para sobreviver”mas parece ser muito interessante pelo que me contou aqui no comentário. Exatamente, essa ideia do casal criador e da purificação rola demais, o casal fica ainda mais em destaque na segunda temporada da série. É, estamos vivendo um momento constante de instabilidade política e devemos sempre buscar cada vez mais lutar pelo que acreditamos e lutamos. Eu sou a favor da família sim e acredito muito na função fundamental de formação que ela possui. Obrigada pelo toque, vamos juntos aí nessa luta!
Ana, parabéns pelo trabalho. Gostei muito das duas primeiras temporadas. A tal da “meritocracia” é destroçada e é escancarada a grande desigualdade social em que, em detrimento do bem-estar de uma grande maioria, uma pequena minoria se sobressai. Porém, percebo que a terceira, embora ainda nesta linha, decaiu um pouco. Uma “forçação” para alongar a série. Mas ainda sim, observei alguns aspectos muito interessantes: por exemplo, no momento em que as pessoas se revoltam contra a “Concha” pelo fato da Michele ter omitido a proposta do Maralto para administrá-la. Neste momento, as pessoas perdem completamente a noção, em defesa a proposta do Maralto. Péra lá, uma coisa é ter críticas à Concha e à Micele, outra é pedir intervenção do Maralto. Muito semelhante com a atual realidade do Brasil. O final da temporada sugeriu que a próxima será uma guerra da Concha contra o Maralto… vamos aguardas os próximos capítulos.
Ah… eu curti muito a trilha sonora, me pareceu um dos pontos mais altos da série.
Abraço!
Obrigada, Renato, ótimas observações!
Acredito que apesar de pouco comentada, essa é uma série que traz vários traços da cultura brasileiros e também interpretações para o que está rolando. Dá para fazer uma pesquisa e tanto em cima dessa série. Ainda não terminei de ver a terceira, parei quando estavam armando contra a concha, agora deu uma super vontade de terminar (faltava tão pouco).
Adorei te ver por aqui!