Se você já assistiu à série Emily in Paris e ficou com vontade de fazer intercâmbio e viver a vida de Emily em Paris das Maravilhas, chegou a hora de você sentar aí e ouvir algumas verdades. 5, para ser bem sincera, que vão falar muito sobre o que você NÃO DEVERIA FAZER durante um intercâmbio.
Só um segundinho de contexto para quem ainda não assistiu à série Emily in Paris.
*Conteúdo com pouquíssimos spoilers*
Emily é uma jovem americana que trabalha com marketing e recebeu uma proposta para morar em Paris e trabalhar na área por lá (resumindo mal e porcamente).
Porém, ela não sabe falar francês. SIM! NADA!
E esse é justamente o primeiro tópico de hoje!
1. Não vá fazer um intercâmbio sem saber o mínimo da língua como acontece em Emily in Paris
Eu sei, todas as escolas de idiomas no exterior aceitam alunos que não sabem NADA do idioma e você vai para aprender do ZERO. Tudo bem. Você pode fazer isso.
A questão é: quanto tempo você vai demorar para conseguir se comunicar na língua com as pessoas?
A Emily ainda tem a vantagem de ter como primeira língua o Inglês, e se fosse como você: ter o português como primeira língua, como faria?
Sem contar que toda essa ideia dela de ir sem se preocupar em saber a língua acaba passando um ar total de superioridade da língua inglesa, de que ok, ela pode se comunicar no mundo inteiro, mas “e a cultura local?”
Uma das personagens até comenta que isso foi uma completo desrespeito por parte dela.
Eu assisti um vídeo aqui no YouTube em que uma brasileira comenta sobre os diversos clichês apresentados na série e ela até explica que normalmente os franceses ficam felizes quando veem uma pessoa se dedicando a falar o francês,.
Porém, na série Emily in Paris, temos uma americana tentando falar o francês e isso acaba carregando muito sotaque (acento) e eles ficam irritados por não entenderem (e a recíproca é verdadeira, já que o mesmo acontece quando os franceses tentam falar inglês, o sotaque fica bem carregado, deu para reparar isso bastante na série).
Então, algumas vezes eles perdem a paciência com quem está começando. Realidades da vida.
2. Não deixe de praticar a língua falada
Não sei se vocês repararam, mas Emily começa a fazer aulas de francês por lá e adivinha como era a metodologia da escola?
Sim, muito baseada na conversação. Tanto que vemos uma das aulas de Emily em que os alunos vão fazendo perguntas entre si e respondendo.
E, é cientificamente comprovado que nós aprendemos muito mais na prática do que simplesmente escrevendo e completando lacunas.
Por isso, as aulas focam muito mais em praticar a oralidade da língua do que a parte escrita. Como acontecem nas minhas aulas da Park Idiomas.
Não falando que a parte escrita não seja importante, nada disso. Mas ali, no contexto em que ela estava, morando fora do país e tendo que conversar com outras pessoas no trabalho, no dia a dia, que é o que vai acontecer com você no intercâmbio… é preciso praticar a conversação.
- Toda terça-feira acontecem lives totalmente em inglês no canal do Diário da Aninha Carvalho no YouTube. Se programe para assistir!
3. Não se ligue apenas nos clichês do destino
Boina e baguete debaixo do braço: se para você, Paris é isso, você está vendo a cidade completamente no olhar de alguém que nunca esteve em Paris.
E está tudo bem, só não dá para achar que todos os inúmeros clichês apresentados na série Emily em Paris são verdadeiros.
Para você ter uma ideia, a série está sendo muito criticada pelos próprios parisienses.
E, como comentei no início do vídeo, pode até ser que a série na verdade seja Emily em Paris das Maravilhas, já que muito do que é apresentado é uma visão americanizada de Paris.
Vale lembrar de alguns pontos importantes quando se trata da língua. Paris é muito formal, então usamos apenas tu ou você quando se trata de amigos próximos. E, claro, bonjour será a palavra mais falada antes de qualquer coisa na França, e, principalmente, antes de pedir algo em um restaurante ou padaria, o que Emily, claramente, não sabe.
No Canadá, por exemplo, a palavra que eu mais falei durante o intercâmbio foi “sorry”. Sério! Mas o país é, realmente, muito conhecido por ser educado nesse sentido. Tá aí um clichê.
Em um dos inúmeros artigos que li antes de gravar este vídeo, encontrei uma dica relacionada à forma com que devemos lidar com uma cultura diferente.
Neste artigo, Brit Chick explica que existem duas palavras importantes neste sentido na França, sendo bain or bath, que poderíamos traduzir como “banho” já que esta seria a melhor maneira de aprender uma língua: mergulhando nela antes de julgá-la.
4. Não deixe passar nenhuma palavra nova
A próxima dica está relacionada a algo que Emily faz muito ao longo da série: não deixar passar nenhuma palavra que ela não conhece.
Ela pergunta quando não entende, joga no google, descobre o significado e até começa a usar no dia a dia também.
Não adianta de nada aprender uma palavra nova e não usá-la. Você vai se esquecer rapidinho. Por isso, coloque em prática!
E, claro, cuidado com os falsos amigos no idioma.
Isso aconteceu algumas vezes com a Emily, quando, por exemplo, fala preservativos em um restaurante ou até, acredite se quiser, quase tem um caso acidental com um garoto de dezessete anos por trocar collège, que na verdade, significa ensino médio, e não faculdade como é no inglês. Pois é!
Por fim, antes de mais nada, a quinta e última dica em relação às amizades.
- Ah! Criei um grupo no WhatsApp com futuros intercambistas e trocamos ideia sempre sobre dicas de estudo também.
5. Não converse apenas no seu idioma nativo como acontece em Emily in Paris
A personagem principal faz muito isso ao longo da série Emily in Paris. Ela até fez amizade com pessoas de Paris, mas, mesmo assim, continua conversando em inglês com eles. Isso vai fazer com que ela fique muito na zona de conforto e o seu desenvolvimento será bem lento.
O ideal é que você sinta esse desconforto mesmo, de errar a pronúncia, se confundir, mas praticar a língua, entende?
Como ela foi com zero no idioma, isso, óbvio, é mais complicado no começo, mas quem sabe não teremos uma evolução na pronúncia e fluência de Emily em uma segunda temporada. Ansiosa para saber!
Algo que foi até bem realístico na série, foi ela não ter aprendido a língua em apenas algumas semanas, não é? Esse processo de aprendizado é mais demorado mesmo, e tá tudo bem?
Ahhh, pelo amor de DEUS, um dica extra aqui: A amiga da Emily, a Mandy, estava ilegal em Paris e cuidava de crianças por lá. Na série, eles mostram a vida dela como sendo incrível, mas na verdade, poxa, não dá para morar ilegalmente em um país, né? Por favor!
Manda aqui nos comentários o que você achou da série Emily in Paris e se você identificou algum clichê francês nela. Estou curiosa para saber!
Por fim, espero você nos comentários e no meu instagram, o @diariodaaninhacarvalho.
Até o próximo conteúdo,
Abraços,
-Aninha Carvalho
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