O mundo do entretenimento é cheio de premiações importantes, mas nenhuma se compara ao Oscar. Ele é o evento mais importante da história do cinema e consagra os melhores filmes do ano através de diversas categorias.
A história do Oscar teve início em 1927. Neste ano a organização profissional sem fins lucrativos, chamada “Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”, realizou um jantar com 36 personalidades marcantes da indústria do cinema. Nesta noite foi decidido que o ator Douglas Fairbanks seria o presidente da Academia. E dois anos depois, em 1929, foi realizada a primeira premiação, que durou apenas 15 minutos. Isso porque os vencedores já tinham sido revelados e eles se reuniram para entregar os prêmios.
As primeiras premiações foram bem menores do que as realizadas hoje em dia. Mas, ainda assim, tinham todo o glamour e sofisticação. Elas eram realizadas em Los Angeles através de grandes jantares com cerca de 250 convidados.
Porém, a divulgação dos vencedores era bem diferente da qual estamos acostumados. Na primeira década, os resultados eram repassados primeiro aos grandes jornais. Isso durou até ocorrer um erro. Em que o jornal Los Angeles Times anunciou os vencedores antes da cerimônia começar. Por isso, a Academia mudou esse sistema, usando o clássico envelope selado para revelar os resultados.
Origem do nome Oscar
Até esse momento, o nome oficial da premiação era “Academy Award of Merit”. Alguns anos depois surgiu a denominação Oscar. Assim, a primeira cerimônia com esse nome ocorreu em 1934. Não se sabe ao certo a origem desse termo, mas há três teorias.
A primeira é que vem de uma secretária executiva da Academia, Margaret Herrick. Em seu primeiro dia de trabalho, ao olhar para a estatueta, ela disse que parecia com um tio chamado Oscar. Há boatos de que um crítico chamado Sidney Skolsky ouviu a frase e publicou o nome em sua coluna.
A segunda versão também envolve esse crítico, só que dessa vez, ele teria sugerido o nome, tendo como objetivo humanizá-lo. E fazendo referências aos espetáculos de Vaudeville.
E ainda existe uma terceira versão, onde a atriz Bette Davis comparou a parte dorsal da estatueta com a de seu marido, Harmon Oscar Nelson.
A estatueta do Oscar
A estatueta possui o formato de um cavaleiro em cima de um pedestal em forma de rolo de filme. E segurando uma espada na frente de seu corpo. Os cinco raios que saem dela representam os cincos pilares da premiação: diretores, atores, escritores, produtores e técnicos.
Ela é composta de 92,5% de estanho, 7,5% de cobre, e banhada em platina e ouro de 14 quilates. Possui um valor aproximado de US$200,00. O design da estatueta do Oscar foi concebido pelo diretor de arte Cedric Gibbons e esculpida pelo escultor George Stanley.
Principais Polêmicas do Oscar
Por trás de todo o luxo e glamour, o Oscar é cheio de polêmicas envolvendo diversos assuntos. Discursos críticos, gente caindo, entrega de prêmio errado? Sim, já teve isso tudo. Separamos algumas das principais gafes que já aconteceram ao longo da história da premiação.
Inclusão de índios americanos
Em 1973, o ator Marlon Brando ganhou na categoria de ator principal por seu papel em “O Poderoso Chefão”. Mas ele recusou a estatueta e enviou uma mulher indígena. Isso com o objetivo de apoiar a inclusão de índios americanos em papéis de destaque na televisão e no cinema.
Política e cinema
Em 2003, o Oscar de Melhor Documentário foi para “Tiros em Columbine”, do cineasta Michael Moore. No discurso, ele aproveitou para criticar a eleição do presidente George W. Bush e sua política em relação à Guerra do Iraque. Os convidados ficaram chocados com sua fala e alguns até o vaiaram. Foi um discurso ousado e muito repercutido na mídia.
Atriz polêmica
A atriz Angelina Jolie é famosa não só por seus papéis marcantes, mas também por várias controversas. E no Oscar de 2003, ela protagonizou mais uma ao vencer o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme Garota Interrompida. No meio de seu discurso de agradecimento, ela revelou estar apaixonada por seu irmão e após a cerimônia ela ainda o beijou na boca. O ato gerou um forte desconforto nos convidados, e muitas acusações de incesto.
Paz e amor!
Um pouco mais engraçada, mas tão polêmica quanto as anteriores. No Oscar de 1974. Enquanto o apresentador David Niven falava no palco, um homem desconhecido passou pelado atrás dele fazendo um sinal de paz e amor. O apresentador não perdeu a compostura e embora tenha dado uma pequena risada, continuou com sua fala.
#OscarSoWhite
A cerimônia de 2016 foi recheada de críticas devido ao fato de nenhum ator ou atriz negro ou latino figurarem nas quatro categorias de atuação. O fato ficou conhecido pela hashtag Oscar So White, fazendo com que alguns atores não comparecessem à premiação. O responsável pela apresentação daquela edição, Chris Rock, aproveitou suas falas e criticou de forma bem humorada a falta de representatividade na indústria do cinema. Esse assunto ficou tão marcado, que fez a Academia mudar seu sistema de indicações e melhorar essa representatividade tanto nas categorias de atuação, como em categorias técnicas.
Ops, erramos!
A mais recente polêmica do Oscar entrou para a história. Ao anunciar a categoria de melhor filme, os atores Warren Beatty e Faye Dunaway revelaram o vencedor como sendo o filme La La Land – Cantando Estações. Porém, o envelope entregue aos dois era o da categoria Melhor Atriz, contendo o nome de Emma Stone, pelo musical. Sem saber como prosseguir, os dois atores apenas revelaram o nome do filme, ignorando o nome da atriz.
Após toda a equipe de La La Land subir ao palco para agradecer, houve uma manifestação suspeita, onde um responsável pelo premiação verificava os envelopes de todos as pessoas. Informaram o produtor do musical. Ele interrompeu o discurso para dizer que houve um erro e o verdadeiro vencedor foi MoonLight. Pronto!
O choque estava na cara de todos: na equipe dos dois filmes, na plateia e no expectador de casa. Mais tarde se descobriu que os envelopes foram trocados, e o responsável por esse erro foi um funcionário da PwC – PricewaterhouseCoopers, empresa responsável pela auditoria e entrega dos envelopes com os vencedores.
Brasil no Oscar
Ao longo da história do cinema brasileiro, poucas foram as vezes em que o Brasil foi reconhecido no Oscar. Nós já recebemos algumas indicações, mas nunca ganhamos.
A primeira vez em que o Brasil teve uma indicação foi em 1945, na categoria de melhor canção original. A composição “Rio de Janeiro” do compositor Ary Barroso estava na produção americana “Brazil”, dirigida por Joseph Stanley. Mas concorria com outras nove músicas, perdendo para “Swinging on a Star” do filme “O Bom Pastor”.
Mas o Brasil só chegou a concorrer com algum filme em 1963, com o longa “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte. A obra baseada na peça de Dias Gomes concorreu na categoria de melhor filme estrangeiro e perdeu para o francês “Sempre aos Domingos”. Mesmo não levando a estatueta, o filme ganhou o Palma de Ouro em Cannes, um dos mais conceituados prêmios na área do cinema.
Tivemos outras indicações, mas a vez em que o Brasil chegou mais perto foi em 1999, com o filme “Central do Brasil”, dirigido por Walter Salles. Além da categoria de melhor filme estrangeiro, Fernanda Montenegro estava concorrendo como Melhor Atriz. Infelizmente, perdemos as duas estatuetas, mas a derrota de Montenegro por Gwyneth Paltrow, de “Shakespeare Apaixonado” foi considerada uma das maiores injustiças na história da premiação.
Gostaram de conhecer mais sobre o Oscar? Mande nos comentários se lembra de algum detalhe importante que poderíamos ter acrescentado.
Esse texto é uma parceria com o blog Uppermag
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