Aposto que você está com aquela vontade de fazer um intercâmbio ou está super em dúvida se deve fazer ou não. E o principal motivo para isso é que está sem saber se conseguirá pagar e quanto custa um intercâmbio. Ou deve se perguntar também como fazer para juntar dinheiro, quanto precisa levar para a viagem e até quanto gastará diariamente por lá. Quantas dúvidas! Mas pode ficar tranquilo porque decidi fazer um guia completo para te ajudar.
Você precisa e deve se preocupar com todos os detalhes da sua viagem. Isso porque é justamente na hora de decidir quanto é capaz de investir que poderá ter em mente qual seria o local ideal e o período de tempo. Por isso, eu decidi abrir o jogo aqui para você e contar tudo o que gastei com o meu intercâmbio e várias formas de você entender (real e oficial) quanto custa um intercâmbio de verdade.
No conteúdo de hoje sobre quanto custa um intercâmbio você entenderá com o que eu gastei até finalmente descobrir quanto foi o meu investimento. Confira!
- Quanto tempo leva para programar uma viagem de intercâmbio?
- O que pode interferir no preço do intercâmbio?
- Quanto tempo ficar no intercâmbio
- Valor do curso de idiomas no exterior
- Qual a melhor hora de tirar o passaporte
- Como tirar visto (Desconto!)
- Quando é a hora de comprar a passagem?
- Preciso de seguro saúde para viajar?
- Como levo meu dinheiro para o intercâmbio?
- Qual mala escolho?
- É melhor comprar roupas de inverno no Brasil ou no país de destino?
- Os passeios são caros?
- Quanto é a acomodação?
- Quanto custam os livros?
- Quanto é o transporte público?
- Valor total do meu intercâmbio
Quanto tempo leva para programar uma viagem de intercâmbio?
Acredito que o maior mito de todos quando o assunto é intercâmbio, é pensar que ele pode ser totalmente programado em seis meses. Sério, absolutamente todas as agências te falam que isso é tempo suficiente para programar um intercâmbio. Mas não é tão verdade assim.
Isso porque você precisará de dinheiro para entrar no país, de dinheiro para os passeios, de dinheiro para comida, de dinheiro para pagar a passagem, de dinheiro de hospedagem, de dinheiro para o curso, dinheiro para o seguro, para comprar as roupas (caso for no inverno), de dinheiro para o visto e, resumindo, muito dinheiro. Digo isso porque, exceto se você for de uma classe social muito alta, o que não é a maioria se tratando do Brasil, será necessário um planejamento até que você coloque os dois pés no país escolhido.
Com isso, você pode até planejar, no sentido de pensar onde ficará, qual escola, quanto tempo, em até seis meses. Aliás, em muito menos que isso. Mas quando o quesito for pagar a viagem, isso já é outra história. Depende diretamente do seu nível de investimento, isto é, do quanto poderá investir por mês em seu sonho de fazer um intercâmbio.
Quanto tempo demorei para organizar meu intercâmbio
No meu caso, quando decidi fazer um intercâmbio foi para acompanhar o meu namorado. Ele já iria para o Canadá, já tinha escolhido a escola e até o período. Então, só tive que ir direto para a pergunta mais difícil: quando custa um intercâmbio?
Para você ter uma ideia, comecei a pagar o meu no meio de 2015 e só terminei no final de 2016. Terminaria em março, mas tive que atrasar por mais nove meses porque o meu orçamento mensal para investir no intercâmbio diminuiu. Mas isso nem de longe era só o que eu tinha para gastar com o intercâmbio. Até porque contratei pela agência apenas os três meses de curso, um mês de acomodação em quarto duplo em casa de família e os 3 meses de curso na escola.
Fique de olho na moeda local
Outro detalhe, vale observar atentamente o valor do dólar e se ele está tendendo a diminuir, aumentar ou permanecer constante. Isso porque, caso ele tenha uma variação muito grande, o valor do seu intercâmbio pode subir assustadoramente.
Sim, até o dólar pode atrapalhar a sua viagem. Já que você pode gastar muito mais do que o esperado com ele. Quando fui pagar o meu intercâmbio, por exemplo, após fazer as contas, constatei que ficou 2 mil reais mais caro do que foi previsto, justamente por causa das variações.
Uma dica, com isso, é ficar de olho nas promoções de agências de intercâmbio, em que eles congelam o dólar a R$1,99, por exemplo. Isso, com certeza, te fará economizar uma grana com o intercâmbio.
O que pode interferir no preço do intercâmbio?
Aposto que você deve estar pensando em formas de fazer com que o intercâmbio não fique tão caro. E pode ter certeza que tem algumas táticas sim.
Para começar nessa jornada da busca pelo menor preço, vale começar pelo valor da moeda local. Se o real estiver muito desvalorizado em relação à ela, é um ponto de destaque. Isso acontece principalmente se tratando da Europa e dos Estados Unidos. No Canadá, por exemplo, eles possuem uma moeda própria, o Dólar Canadense, chamado de CAD também. Ele é quase um real mais barato que o americano, por exemplo.
Além disso, vale pensar em todo o custo embutido na viagem. Afinal, todo um contexto fará com que a sua viagem fique mais barata ou muito mais cara. Vale focar, por exemplo, na escola de idiomas que escolheu, no tipo de acomodação e até, claro, durante qual período de tempo permanecerá por lá.
Há períodos que são mais procurados para viagens, o que chamamos de alta temporada. Com isso, quanto maior a procura, nesses casos, mais caro pode ficar tudo. Isso se contarmos desde a passagem de avião até os passeios no local. Por isso, procurar intercâmbios em alta temporada não são uma boa escolha. Pergunte a sua agência de intercâmbio escolhida, qual seria a baixa temporada do local e invista nela. Mas, claro, fique atento às temperaturas neste período, para não se arrepender depois.
É sempre um jogo de balança em que você vai colocando os pontos positivos e negativos até decidir pelo melhor.
Quanto tempo ficar no intercâmbio
Vejo várias blogueiras e youtubers fazendo intercâmbios de uma, duas semanas e fico me perguntando: será que é tempo suficiente para aprender uma língua e ter uma experiência no local? Para mim não, você primeiro tem um choque cultural quando chega e até se acostumar com tudo demora. Então, essa de duas semanas de Intercâmbio, não funcionaria muito bem para mim. Até porque o preço da passagem, por exemplo, por ser bem cara para o Canadá, não valeria a pena por um curto período de tempo.
Por mim, sério, ficaria um ano inteiro, mas quanto mais crescemos, mais difícil fica conseguir ficar tanto tempo sem ir trabalhar. Por isso, é essencial pensar em um período de tempo para fazer intercâmbio que inclua todas essas possibilidades. Por exemplo, no período de trabalho normal, após um ano na mesma empresa, fica mais tranquilo conseguir juntar um mês inteiro e fazer um intercâmbio. Agora, dois ou três meses podem ser mais complicados.
No meu caso, por exemplo, eu estava programando de ficar um mês de férias e dois de licença não remunerada, mas acabei decidindo por pedir demissão e não me prender em nada aqui no país. Já meu namorado, conseguiu com a empresa dele ficar esse período, da mesma forma que eu tinha planejado, sendo um mês de férias e dois de licença.
Mas isso vai de empresa para empresa, a sua pode tanto não aceitar e dificultar o processo ou pedir para que você trabalhe meio período ou full time no local de destino, o que eu não considero uma boa ideia. Ou até mesmo ser super aberto e aceitar a proposta de ter um funcionário intercambista.
Vale a pena trabalhar enquanto está no intercâmbio?
O foco desse tópico não é o trabalho no local do intercâmbio, mas sim falar sobre caso a sua empresa peça para você trabalhar meio período ou full time enquanto estiver no intercâmbio. Sério, eu não aconselharia e tenho alguns pontos para destacar sobre isso.
O primeiro deles é referente ao método de ensino que será aplicado e desenvolvido ao longo do intercâmbio. Na escola, na rua e até dentro de casa, todos estarão falando a língua local, o inglês (ou o idioma em que você fará o curso de línguas). A ruptura entre começar a falar português até voltar ao inglês pode ser prejudicial. Tanto que as escolas proíbem que se fale a língua natal dos intercambistas pelos corredores.
Além disso, o custo que foi do intercâmbio para você, ter que ficar boa parte do dia (aula+trabalho home office) pode ser um dinheiro jogado fora. Eu sei que você estará recebendo para trabalhar, mas imagine, ficar todos os dias em casa e não poder conhecer direito tudo do local onde está? Eu, particularmente, optaria por não trabalhar.
Eu, por exemplo, que trabalho escrevendo textos ou corrigindo não seria uma boa ideia. Isso porque eu sairia do fluxo da língua que estaria aprendendo para voltar ao português. Esse vai e volta pode atrapalhar o meu aprendizado contínuo no intercâmbio.
Por isso, até, muitas pessoas fogem de brasileiros quando fazem intercâmbio, para não ter perigo de querer falar o português. Mas não precisa fugir, foi muito bom para mim conhecer brasileiros aqui, porque a maioria está bem focada em estudar. Sempre opte por sair com alguém de outro país junto, isso te força a querer conversar mais em inglês.
Mas e o trabalho no local do intercâmbio?
Agora, trabalhar no local onde será o seu intercâmbio é super válido. Tanto para você ter mais contato com o idioma quanto para conseguir até ficar mais tempo no local. Por exemplo, tem alguns cursos em agências de intercâmbio em que você consegue visto de estudo e de trabalho, assim, você estuda, três meses e trabalha nos outros três (ou mais tempo). Mas, vale lembrar que esses trabalhos temporários assim seriam em lanchonetes, padarias, então, sempre algo muito manual.
Quanto custa um intercâmbio: valor do curso de idiomas no exterior
Eu estudo na ILAC, uma escola de idiomas bem conceituada. O pagamento da escola é por semana, cada uma delas no valor de 200 dólares canadenses, o que daria uns 500 reais por semana. Então, é algo bem caro. Mas vale lembrar que uma semana no curso de idiomas internacional possui bem mais aulas do que em um curso de idiomas no Brasil. Se parar para pensar, são 30 horas semanais, já no Brasil são 2 horas semanais.
O primeiro grande passo: fazer um passaporte
É essencial que você tire um passaporte naquele primeiro momento em que passar pela sua cabeça fazer uma viagem internacional. Isso porque ao longo do processo serão tantos pequenos gastos que ter feito antes já te dará um alívio.
Eu fiz o meu quando comecei a pensar na viagem e só me arrependi de não ter ido mais “arrumada” para tirar a foto, porque, Jesus, estava muito bagunçada na foto do passaporte.
Fique de olho para fazer isso com antecedência porque “vira e mexe” aqui no Brasil dá um problema na produção e as pessoas ficam sem o passaporte naquele período. Então seja prevenido e faça com antecedência.
Como tirar o visto para o local de destino
O jeito mais simples é procurar uma agência de viagens para te ajudar a organizar os documentos e até para te dar as coordenadas. Ter um visto negado pode ser ruim para quando for tentar novamente. Então, sempre tenha em mente que fazer tudo direitinho será a melhor forma de não ter nada negado. Pensando nisso, busque ajuda. Não pense que com tutoriais na internet conseguirá agilizar tudo sozinho. Ter a ajuda de pessoas que entendem como tudo funciona, facilita demais.
Para tirar o meu visto, por exemplo, eu pedi ajuda a uma agência de visto, que é parceira do blog e atende a todo o Brasil, chamada Visa Mundo. Eles me passaram em detalhes todas as listas de documentos que precisaria. Depois eu fui até a agência física e oficializei tudo. Mas, claro, se você não for de Belo Horizonte, não tem problema, pode enviar tudo por e-mail ou pelos correios para eles.
Mas isso tudo precisa ser conversado com os consultores da agência. Já que o processo para tirar visto depende do local para onde decidiu ir.
Se quer um desconto na hora de tirar o visto (que, acredite se quiser, pode ser bem caro), vale entrar em contato com a Visa Mundo e dizer que é leitor do Diário da Aninha.
Como fiz para tirar visto canadense
Diferente do visto americano, o visto canadense não precisa de uma entrevista presencial. Os documentos são enviados através de malote para o outro país e analisados de lá. Mas, mesmo assim, preferi optar por fazer com uma agência de intercâmbio, a Visa Mundo. Assim os documentos chegariam mais organizados e a margem de erro, por ter esquecido algo importante, diminuiria.
Os preços dos vistos que são bem caros. Se for para o Canadá, por exemplo, separe pelo menos uns R$700 apenas para o visto. Sério, não estou brincando.
Mas, como o nosso assunto aqui é descobrir quanto custa um intercâmbio e, claro, economizar ao máximo, já trouxe uma novidade. Imagine que consegui 10% de desconto na assessoria da Visa Mundo para você, leitor do blog. Com isso, basta entrar em contato com eles e falar que quer o desconto para os leitores daqui (expliquei tudo direitinho neste post do blog) que você já consegue desconto. Sonho, né?
Eu resolvi fechar essa parceria com eles pensando justamente nisso, principalmente quando falei da possibilidade de ter um desconto. Porque, sério, desconto é tudo nesta vida e quanto mais, melhor.
E como funciona o eTA?
Você já tem um visto americano válido ou já teve um visto canadense aceito nos últimos 10 anos? Então, pode ficar tranquilo que não precisará tirar um visto canadense, mas sim um eTA, uma autorização eletrônica de viagem. As duas principais vantagens dela são o preço e, claro, a facilidade em fazer. Isso porque custa menos de 40 reais e, claro, pode ser feita no conforto de sua casa pelo site deles. Já expliquei tudo por aqui e fiz este vídeo abaixo para tirar todas as suas dúvidas a respeito. É só apertar o play:
Quando é a hora de comprar a passagem?
Tirou passaporte e já tem o visto? Então, chegou a hora de procurar uma passagem. A passagem é olhada alguns meses antes de viajar. Você pode ver isso com a própria agência de intercâmbio em que fez o pacote do curso. Ou, claro, pode tentar fazer por conta própria e pesquisar as passagens em sites mais baratos.
Mas fique de olho porque pode ser que o tempo entre uma parada e outra, até chegar ao seu destino, sejam próximas demais. Isso fará com que você até perca o voo. Observe atentamente isso. É Importante observar o período entre um voo e outro porque, quando chegar ao país de destino, por exemplo, precisará passar por uma entrevista na imigração canadense. E precisa de tempo neste meio período para que não perca o voo seguinte.
Por exemplo, para ir ao Canadá, por não termos visto americano, passaremos direto para Toronto e de lá seguiremos em outro voo para Vancouver. Passaremos pela entrevista de imigração, onde vão liberar a nossa entrada no país em Toronto, sem a necessidade de fazer o mesmo procedimento em Vancouver. Agora, se você for pelos EUA e depois seguir para Vancouver, passará pela imigração em ambos os locais. (Fonte)
Preciso de seguro saúde para viajar?
É preciso observar se o país em que irá exige ou não o seguro de saúde, mas, claro, vale pensar atentamente qual é o mais vantajoso. Já que, se for ficar um período longo no local, será mais fácil não ter preocupações quanto ao atendimento de saúde necessário no local e ter o seu seguro.
Através dele você conseguirá atendimento mais facilmente e até pode ser atendido dentro da sua casa.
Definitivamente, sempre opte pelo seguro. Você estará em um outro país, em que não conhece a cultura e nem muito menos os custos nos hospitais. Ter uma ajuda nisso sempre salva. O que comprei foi R$1.200, para três meses e com 100.000 reais de cobertura.
Como levo meu dinheiro para o intercâmbio?
Claro que você precisará levar um dinheiro em mãos para o local de destino e, por isso, não se esqueça de comprar uma doleira (aquela bolsa que fica na cintura e parece uma pochete, só que mais fininha). Dessa forma fica mais tranquilo de levar o dinheiro e seu passaporte.
Mas, existem outras maneiras eficientes e muito usadas para colocar o dinheiro, que são os cartões rendimento. Dois deles são o da Visa Travel Money, também chamado de VTM, e o da Daycoval. Eles funcionam como um cartão pré-pago internacional em que você recarrega ele com o dólar (ou a moeda que precisará).
Para vir para o Canadá eu fiz os dois cartões, mas antes de colocar dinheiro neles é preciso ligar e conferir a cotação do dólar (ou da moeda que precisará) no cartão, seja ele Daycoval ou Visa Travel Money. Isso porque varia muito de um dia para o outro.
Outra forma de trazer dinheiro é em papel moeda. Essa é uma das melhores formas de conseguir trazer mais dinheiro, isso porque a cotação para a moeda é mais barata do que para colocar no cartão.
Mas aí você deve estar se perguntando: e se os meus pais quiserem me enviar dinheiro? A melhor forma não seria o cartão?
Se você não conhecer ninguém que tenha uma conta no país, sim, essa é a melhor forma. Mas como eu morei em uma casa de família no Canadá, pedi ajuda para o Host Dad e enviamos o dinheiro para a conta dele, através do site TransferWise e ele nos entrega em moeda local. O site é bom porque a cotação do dólar é quase a mesma praticada no dia, não muda muito como acontece no cartão, por exemplo.
Ah, só para enfatizar, não saque dinheiro do seu cartão do Brasil fora do país, ok? Isso pode te custar muito caro. Entre em contato com a sua agência só para você ter uma ideia do que eu estou falando.
Qual mala escolho para o intercâmbio?
Quanto mais cara melhor? Nada disso. Na hora de comprar mala é preciso ter um cuidado dobrado. Imagine que as esteiras do aeroporto podem tanto te salvar quanto estragar completamente a sua mala.
Eu e o Mô compramos malas em lugares completamente diferentes, ele quis apostar em uma mala do Mercado Livre e eu em uma do Carrefour. Ambas foram mais de R$280 mas não chegaram inteiras ao Brasil. A minha teve amassados nos cantos, já a dele simplesmente não aguentou e quebrou uma rodinha.
Imagine ter que andar por aí com uma roda quebrada? Exatamente. Passamos por isso na volta, de Vancouver para Toronto e foi extremamente triste. Contei toda essa experiência péssima no vídeo abaixo:
Por isso, é preciso levar em conta pontos importantes e de facilidade na mala, como aquelas rodinhas 360 graus, além de escolher um bom cadeado. Isso faz a diferença. Não olhe preço, olhe a capacidade da mala de fazer a função dela bem, além de, claro, ter uma quantidade de espaço suficiente.
Em viagens internacionais, você utiliza até duas bagagens de 32 kilos. Lembre-se disso na hora de arrumar as malas. Mas, claro, fique de olho. Se você comprou passagens desconexas, pode ser que de um aeroporto para outro, ainda no Brasil, tenha que seguir as regras da companhia aérea. Se comprou um pacote de passagens de uma vez só para ir ao país de destino, menos mal, será mais tranquilo.
Em qual época do ano irá? Precisará comprar alguma roupa?
Viajamos para Vancouver na época de frio. Vale lembrar que quando é verão no nosso hemisfério, é a estação oposta no outro. Com isso, enquanto todos aproveitavam o sol do final do ano, estávamos curtindo o final do outono e início do inverno canadense. Por isso, precisamos levar roupas mais quentinhas para a viagem.
Confesso que coloquei um short jeans na mala, que ficou completamente sem uso durante todo o período do intercâmbio.
Eu levei várias roupas daqui do Brasil, que comprei e recebi uma loja especializada em inverno. Contei sobre todas elas quando falei sobre as roupas de frio e também comprei várias peças em brechós para usar por lá.
Comprar lá ou aqui?
Acredito que ambas valem muito a pena, já que você precisa chegar com uma boa jaqueta de frio para suportar a temperatura baixa, mas vale levar uma mala a mais com bastante espaço porque roupa de frio ocupa espaço demais! Senti isso na pele na hora de arrumar a mala para voltar pro Brasil, principalmente porque não queria deixar nenhuma compra para trás.
Aqui no Brasil as jaquetas de frio giram em torno de R$280-R$600. As botas também são bem caras. Muitas vezes pode ser vantajoso comprar mais adereços de inverno quando chegar ao local.
Eu optei por levar boa parte do Brasil, justamente para evitar gastar muito do dinheiro que levei para passeios em roupas. Quanto mais gastos você puder fazer no Brasil antes de viajar, melhor.
Os passeios são caros?
Durante o intercâmbio eu contei sobre todos os passeios tanto aqui no blog quanto no canal e, sério, acabou que eu e o Mô fugimos de passeios muito caros. Primeiro porque se comprássemos um caro teríamos que escolher entre outros muito legais e que eram mais baratos. Por isso, acabamos decidindo ir em vários a ir em apenas dois ou três. Entende?
Por isso, fizemos passeios baratos e gratuitos que foram incríveis como passear pelo Stanley Park, Lynn Canion Park, English Bay e até ganhamos um passeio para Whistler. Os passeios mais caros que fizemos foram na Cypress Mountain porque andamos de Snowboard e o pacote que compramos de passeio em Toronto.
O ideal é pesquisar muito sobre as atrações e juntar dinheiro para aquelas que gostaria de visitar. Coloque no papel tudo e já vá se organizando. Os passeios são detalhes que fazem toda a diferença na hora da organização do intercâmbio e acabamos nos esquecendo deles. Que tal fazer um cronograma de passeios e lugares que gostaria de ir? Aposto que assim seus fins de semana ficarão muito mais divertidos.
Quanto foi a acomodação?
A acomodação pode sim variar de acordo com o local em que você escolheu para fazer intercâmbio. Além dos diversos tipos existentes, como casa de família, residência estudantil até alugar um apê com estudantes. Posso me basear aqui pelo que paguei em uma casa de família, em quarto duplo, em uma cidade próxima à Vancouver, chamada Richmond. Lá estava pagando cerca de 800 dólares canadenses mensais.
Nessa acomodação tínhamos roupas lavadas, café da manhã, almoço e jantar todos os dias. Além disso, quando começamos a estudar à tarde, a família até nos entregava lanches. Se quer matar a curiosidade de como é um quarto em casa de família, resolvi mostrar o meu. Claro que não ficará em um quarto igual, mas é muito provável que tenham as mesmas coisas: lugar para estudar, guarda-roupa e cama.
Na rotina canadense
Eles realmente queriam que entrássemos na rotina. Eu perdi as contas de quantas vezes fui no Costco fazer compras, buscar a mãe no trabalho e até nos jogos de basquete do filho. Bem legal mesmo. Sem contar que o Mô vivia jogando vídeo game com um dos filhos e eu adorava ir no Brechó com a vovó e a mãe.
Algo que me arrependo muito é de não ter colocado os próximos 2 meses de intercâmbio junto ao meu pacote da agência, isso porque gastei muito dinheiro enquanto estava lá com isso e poderia ter gastado com passeios. Se estiver fechando seu pacote agora, opte por já comprar todos os meses de hospedagem.
Tem aquela chance de você odiar ficar na casa da família? Tem sim. Mas se esse for um medo seu, já guarde dinheiro para isso, seriam, em dólares canadenses, mais 4 mil reais pelo menos, colocando o preço para baixo.
Quanto custam os livros?
Normalmente o que pagamos para as agências não inclui os livros que precisamos durante as aulas. Por isso, vale a pena guardar uma grana extra para eles. Na escola em que fiquei, na ILAC, os livros eram $60. Cada nível tinha um livro específico, então, só para você ter uma ideia, em 3 meses que fiquei por lá, troquei 3 vezes de livro.
Algo essencial: passagens para transporte público
Em Vancouver você escolhe o valor que pagará de passagem de acordo com a sua localidade da casa. Então fica meio complicado saber quanto vai gastar logo de cara. Mas, mensalmente, em Vancouver, pode variar um passe mensal de $70 a $150. Guarde sempre pensando no mais alto, assim, se sobrar será melhor do que se faltar.
Vale lembrar que esses valores podem alterar a todo momento e, além disso, variam de cidade e país. Procure saber como funciona nos que você está desejando ir.
Vale escolher o passe mensal porque você pode usar quantas passagens desejar por dia. Além de ser muito mais barato que o diário ou semanal. Faça as contas e veja o quanto vale a pena investir nele.
Mas se for para somar tudo: quanto custa um intercâmbio?
Quando cheguei ao Brasil resolvi somar tudo que gastei, levei, recebi dos meus pais e do meu irmão e ainda paguei depois que voltei. Adivinha? Deu uns 25 mil reais.
Portanto, gastei 25 mil reais em um intercâmbio de 3 meses para Vancouver, em que estudei em uma das melhores escolas de inglês do país, ILAC, fiquei em casa de família e ainda passei 5 dicas passeando em Toronto.
Espero que tenha curtido o conteúdo de hoje, resolvi selecionar tudo aquilo que mais me fez gastar dinheiro ou que mais faria a diferença que eu soubesse antes de viajar. Espero te ajudar na hora de pensar na sua próxima viagem e para saber logo de cara quanto custa um intercâmbio, sem rodeios.
Até o próximo post,
Beijos,
-Aninha Carvalho
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