Já parou para pensar em como estará a sua vida em 2029? Na última terça-feira (9) fui a um evento da Melissa com palestra, música, pessoas divertidas e essa pergunta ficou em minha mente. E ai, o que será que farei em 2029?
No início da palestra do Dudu Obregon, da Perestroika, fizemos uma dinâmica para interagirmos com as outras pessoas que estavam no local. A proposta era responder as perguntas que eram colocadas no telão. O que você mudaria em sua escola? O que é poliamor? Como um amigo te apresentaria? E finalmente, o que você fará em 2029?
Para tudo. Eu, sinceramente, ainda não parei para pensar sobre isso. Acho que faço uma prévia de onde quero estar em dois anos, no máximo(!), daqui há 13 anos é muito pra mim. Na hora respondi que gostaria de trabalhar com moda em alguma revista ou falar sobre cultura. Mas, opa, será que a vida ainda será a mesma de agora daqui 13 anos?
O objetivo da palestra era exatamente esse, refletir sobre o nosso cotidiano, como ele foi modificado e como ele será modificado daqui para frente. Agora, me bateu aquela dúvida forte: será que terão revistas em 2029? Será que a moda será tratada do mesmo modo como é tratada hoje? Tudo isso se modifica ao longo dos anos. A moda, por exemplo, passou a ser tratada como algo mais cultural e é até inserida no conceito do que seria cultura. Agora, e daqui 13 anos? E a revista? Isso tudo é muito mais complexo, afinal, qual é o futuro do jornalismo?
Revoluções que transformam
Dudu resolveu inserir os convidados em uma verdadeira aula de história, nos relembrando das revoluções que transformaram o nosso dia a dia até hoje. Desde as máquinas nas fábricas e o processo linear de produção até o tal questionamento de que temos que ser muito bons em apenas um assunto específico. Sem contar no fato de sermos “programados” para seguir cada uma das fases da vida. Por exemplo, seguir do ensino fundamental ao médio. O médio te encaminha até a faculdade, a pós e assim por diante. Sempre um dando um passo para o outro. Como se a vida fosse apenas seguir um ritmo já pré estabelecido rumo ao “sucesso”.
Uma foto publicada por Aninha Carvalho (@diariodaaninhacarvalho) em
Isso chocou várias blogueiras que estavam comigo. “Agora entendi porque os professores sempre piravam comigo”, diziam algumas, ou “Eu sempre fui da turma do fundão, agora entendi o porquê”. Alguns de nós simplesmente não entendemos e não nos enquadramos neste sistema industrial, afinal, já nascemos em uma era digital e alguns conceitos perdem o significado. Essas transições são marcantes para a sociedade se desenvolver e buscar a tal FIB (Felicidade Interna Bruta).
“Quando ensinará seus filhos a questionar a vida, os dogmas, as mentiras e as farsas que o estado e a educação contemporânea lhes injetam nas veias à força? Eu prefiro uma criança rebelde, crítica, criativa e autônoma em lugar dessas pobres criaturas domesticadas.” (Albert Einstein)
Pensar no futuro
Eu considerei todo esse papo de futuro e, ao mesmo tempo, não futuro muito questionador. Me fez rever os meus conceitos do que é propriamente um futuro desejável.
A minha geração, a geração que nasceu após 1994 pertence à era digital. Não seguimos esse padrão linear imposto desde a primeira revolução. Por isso, questionamos diversas imposições que chegam até nós. É como se enxergássemos a vida de uma outra forma. Muitos dos nossos pais e avós ainda estão seguindo aquela lógica passada, mas a questão importante que ficou nesta palestra foi: será que temos que seguir os padrões ou questioná-los?
A sociedade já sofreu 2 grandes revoluções e já está com esse “sentido de existência” totalmente abalado. Imagine quando souberem que estão previstos mais 3 destas revoluções, cada vez mais significativas e totalmente arrasadoras?
Uma das questões da dinâmica era sobre qual profissão poderá acabar com a sua no futuro. A pergunta que eu faço agora é qual revolução que acabará com as nossas vidas no futuro. Não sei vocês, mas só de pensar que a última dessas três envolve a Inteligência Artificial, já me sobe um calafrio.
Então ficamos na dúvida. Mas, mesmo assim, com o desafio de fazer com que o principal, a nossa sociedade, se reinvente e se transforme favorecendo a sua existência, acima de tudo.
O que acham dessa dessa reflexão sobre o futuro? Mandem nos comentários!
Amei o evento da Melissa, essa junção de Moda com conhecimento me fascina. Poderiam ter mais eventos assim, em? Conseguiram dar o seu recado muito bem. Agora é pensar no que queremos para o futuro, mas sem esquecer de viver intensamente o agora.
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Beijos,
-Aninha Carvalho
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